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Não era amor, era... cilada!

  • Foto do escritor: Leonardo Barreto
    Leonardo Barreto
  • 5 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de set. de 2020

Perigos que o mundo das rotinas/ skincare pode acarretar - consumo desenfreado e algumas frustrações


Começar a tratar da pele, iniciar uma rotina organizada, coerente, cuidadosa e, de preferência, orientada por um profissional é uma delícia, vai te apresentar resultados dos quais você vai se orgulhar e, de certa forma, pode ser bem viciante.


Aí começam os riscos. Em primeiro lugar, temos que ter em mente que, numa sociedade capitalista como a nossa, os conteúdos que consumimos não são tão expontâneos assim. Nossas redes sociais e os sites de busca da internet estão ali, 24 horas por dia, a todo vapor, prontinhos para medir seus desejos e suas inclinações de consumo, com o objetivo de fazer com que elas deixem de ser inclinações e passem a ser consumos de fato.


Para além disso, existe toda uma rede de conteúdo, do qual agora posso dizer que, singelamente, faço parte, que acaba sendo empurrada para o estímulo ao consumo em massa e não pautado na necessidade. Por mais que os bons produtores de conteúdo tenham o cuidado de enfatizar a importância de comprar somente o que se precisa, de procurar ajuda e aconselhamento de profissionais da área, acabamos (falo por mim também) seduzidos pela beleza, alegria e felicidade que esses conteúdos passam, sempre permeados pela compra e utilização de um produto, que, querendo ou não, é também um bem de consumo.


As marcas nem se fale. Não trabalham apenas a ideia de saúde e questões de pele a serem resolvidas. Toda indentidade visual das campanhas de marketing direcionam o consumidor para a ideia de que as pessoas que usam aqueles produtos são lindas, felizes, jovens e radiantes. Há também o apelo e o argumento recorrente sobre a novidade dos produtos, a engenhosidade e super tecnologia por trás dos lançamentos, que nos faz querer deixar o creme velhinho de lado e testar o novo (se percebemos bem nem toda novidade é tão novidade assim).


Assim se constrói o perigo: começamos buscando informações sobre como começar uma rotina ou sobre a função desse ou daquele produto e passamos a ser bombardeados por propagandas, conteúdos, anúncios de velhas e novas marcas. Algumas pessoas podem não se deixar influenciar, mas muitos sim, ainda que um pouco. Quando se vê, muito dinheiro já foi gasto, e futuras parcelas do cartão de crédito nos fazem lembrar os excessos cometidos. Fora que nem sempre os "objetivos"que se tem em mente na hora compra dos produtos são de fato alcançados. Aí é muita angústia envolvida e sempre mais gasto, em busca de resultados que talvez nem cheguem a acontecer (vamos lembrar que tem marcas que prometem menos 10 anos com um frasco de 30 ml de produto).


Assim, juntos de sua rotininha querida, virão gastos desnecessários e algumas frustrações.


É preciso ter cuidado e é preciso que nós, produtores de conteúdo na internet, tenhamos também esse cuidado. Refletir sobre esse assunto é super importante e espero que esse texto/desabafo alcance bastante gente e até marcas (por que não?).


Bem, por hoje é só. Um grande abraço e até logo.

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